Um velho texto do chinês Sun Tzu, chamado «A Arte da Guerra», escrito há cerca de dois mil e quinhentos anos, é ainda hoje tido por muita gente como o melhor conselheiro para ganhar batalhas. Sun Tzu, que foi contemporâneo de Confucio, distinguiu-se sobretudo como um brilhante estratega militar. Tanto que, ao longo dos tempos, muitos líderes seguiram os seus princípios, aplicando-os não só na guerra mas também nos negócios, no desporto, na política e em muitas outras áreas. A razão deste sucesso dos ensinamentos de Sun Tzu tem a ver principalmente com a sua linha orientadora, sempre baseada numa teoria ainda mais velha do que eles, a sempre prática e quase infalível teoria do bom senso. Daí que muita gente, até sem o saber, tenha imitado e continue a imitar Sun Tzu.
Os dez princípios, que eram usados nos campos de batalha chineses há dois mil e quinhentos anos, são os seguintes: primeiro, «aprender a lutar», porque a competição é inevitável ao longo da vida, ainda que só deva existir quando algo muito importante está em jogo ou quando se corre perigo; segundo, «ser um bom líder», com características tão fundamentais como a autodisciplina, a responsabilidade, o conhecimento, o espírito de equipa, entre outras; terceiro, «avançar na altura certa», dado que não basta apenas um bom planeamento, é necessário saber quando actuar e qual o momento de parar; quarto, «recolher toda a informação», porque da sua existência ou não depende em grande parte o sucesso; quinto, «contar com o pior», apesar de tudo; sexto, «actuar rapidamente», embora sem esquecer de o fazer na devida altura; sétimo, «não deixar rasto», obviamente; oitavo, «usar a inovação como arma», sem esquecer que inovar é quase sempre bastante simples e que complicar é que por vezes chega a dar uma enorme carga de trabalhos; nono, «organizar as tropas», com um bom treino, com uma boa comunicação e com regras e objectivos claros; e, finalmente, décimo, «confundir o inimigo», que é sempre a pessoa ideal para nos aparecer pela frente sem saber bem o que fazer.
Estes são os princípios de Sun Tzu, explicados assim de uma forma resumida, não para poupar espaço, mas porque são tão óbvios que até ficaria mal insistir com mais verdades de La Palisse sobre eles. No entanto, estes princípios são ensinados em universidades de gestão e em academias militares. E são inculcados, por vezes até à força, na cultura de muitas empresas, assim como sofrem as mais variadas adaptações nos mil e um modelos dos consultores de gestão e dos estrategas militares.
Mas nestes tempos de agora, novos tempos, como por vezes se anuncia, parece que as coisas tendem a mudar um pouco. Nas guerras a que vamos assistindo, as que metem mesmo armas e soldados, bem entendido, mas também outras tipo as do pontapé na bola ou até as da nossa cada vez mais pequena e emporcalhada política, nessas guerras, dizia, ainda que com alguns resquícios dos óbvios princípios, há como que o imergir de novas formas. Por certo, essas formas ainda hão-de demorar muitos anos para que sejam sistematizadas, mas num século qualquer do quarto milénio, ou se calhar do quinto, terão quem lhes faça a apologia. Em detrimento dos princípios de Sun Tzu e da teoria do bom senso. Isto, é claro, se ainda houver mundo nesses tempos tão avançados.
Os dez princípios, que eram usados nos campos de batalha chineses há dois mil e quinhentos anos, são os seguintes: primeiro, «aprender a lutar», porque a competição é inevitável ao longo da vida, ainda que só deva existir quando algo muito importante está em jogo ou quando se corre perigo; segundo, «ser um bom líder», com características tão fundamentais como a autodisciplina, a responsabilidade, o conhecimento, o espírito de equipa, entre outras; terceiro, «avançar na altura certa», dado que não basta apenas um bom planeamento, é necessário saber quando actuar e qual o momento de parar; quarto, «recolher toda a informação», porque da sua existência ou não depende em grande parte o sucesso; quinto, «contar com o pior», apesar de tudo; sexto, «actuar rapidamente», embora sem esquecer de o fazer na devida altura; sétimo, «não deixar rasto», obviamente; oitavo, «usar a inovação como arma», sem esquecer que inovar é quase sempre bastante simples e que complicar é que por vezes chega a dar uma enorme carga de trabalhos; nono, «organizar as tropas», com um bom treino, com uma boa comunicação e com regras e objectivos claros; e, finalmente, décimo, «confundir o inimigo», que é sempre a pessoa ideal para nos aparecer pela frente sem saber bem o que fazer.
Estes são os princípios de Sun Tzu, explicados assim de uma forma resumida, não para poupar espaço, mas porque são tão óbvios que até ficaria mal insistir com mais verdades de La Palisse sobre eles. No entanto, estes princípios são ensinados em universidades de gestão e em academias militares. E são inculcados, por vezes até à força, na cultura de muitas empresas, assim como sofrem as mais variadas adaptações nos mil e um modelos dos consultores de gestão e dos estrategas militares.
Mas nestes tempos de agora, novos tempos, como por vezes se anuncia, parece que as coisas tendem a mudar um pouco. Nas guerras a que vamos assistindo, as que metem mesmo armas e soldados, bem entendido, mas também outras tipo as do pontapé na bola ou até as da nossa cada vez mais pequena e emporcalhada política, nessas guerras, dizia, ainda que com alguns resquícios dos óbvios princípios, há como que o imergir de novas formas. Por certo, essas formas ainda hão-de demorar muitos anos para que sejam sistematizadas, mas num século qualquer do quarto milénio, ou se calhar do quinto, terão quem lhes faça a apologia. Em detrimento dos princípios de Sun Tzu e da teoria do bom senso. Isto, é claro, se ainda houver mundo nesses tempos tão avançados.
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