Número 64 da revista «Pessoal» – edição de Dezembro. Uma edição especial, sobre o mundo português dos recursos humanos em 2007. A seguir, o meu editorial.
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Uma edição especial
Esta é uma edição especial. O que nos propusemos fazer foi um balanço do ano de 2007 sobre o mundo português da gestão das pessoas. Com muitos dos seus próprios protagonistas, concretamente responsáveis de empresas da área. São 31 contributos, com perspectivas de abordagem bastante diversificadas, a partir dos quais se pode ficar a perceber o que tem sido o ano que agora termina em termos de gestão das pessoas nas organizações.
O desafio podia colocar alguns problemas. Como escreve Jorge Horta Alves, responsável da SHL Portugal… «Sejamos sinceros. A tarefa de opinar sobre a gestão das pessoas, em Portugal, hoje, é missão quase impossível, pela quantidade e diversidade das organizações. São 350.000 empresas, mais os serviços públicos, mais as organizações sem fins lucrativos, de todos os tipos e dimensões e com as mais diversas origens.» Enfim, nada que não fosse possível ultrapassar, sobretudo por uma ideia que está bem expressa no mesmo texto de Jorge Horta Alves… «O que facilita um pouco a tarefa é que só uma minoria dessas organizações, talvez 10%, tem aquilo a que se pode chamar, com propriedade, gestão. E, como já alguém disse, talvez 10% destas tenham gestão de recursos humanos. Caímos assim num domínio de 3.000 a 4.000 organizações com sistemas integrados ou parciais de gestão das pessoas.»
E surgiram os 31 contributos. Abordando os tópicos mais variados. A famigerada «flexissegurança», colocada aqui entre aspas porque nesta revista aparece sempre com dois ésses para não cair no desagradável erro ortográfico (flexisegurança) que já invadiu um país tão esquecido daquela regra de o ésse entre duas vogais se ler como um zê; as leis laborais, principalmente a nova lei do trabalho temporário; os modelos de gestão das pessoas, velhos e novos; a maneira como essas mesmas pessoas são tratadas nas organizações portuguesas… Isto e muitas outras coisas passam pelo conjunto de textos que constituem o tema principal desta edição, que resolvemos abreviar para «RH 2007».
De resto, procurámos manter a edição o mais possível colada à estrutura habitual. Daí que surjam como sempre os espaços de opinião, um perfil – no caso de uma gestora de uma instituição que se dedica à formação de executivos e que está integrada numa universidade –, uma reflexão a que desde há muito chamamos «RH» (curiosamente sobre «flexissegurança»), um tema em foco (a formação, concretamente a questão das escolas profissionais) ou os ‘hobbies’ de uma mulher das empresas e a ligação que têm com o seu trabalho.
E por ser uma edição com um balanço do ano… O nosso também. É bom. Agora sabemos mais coisas. Conhecemos mais pessoas. Assistimos, maravilhados, surpreendidos, espantados, condescendentes, zangados, a coisas que, passe a redundância, nos maravilharam, nos surpreenderam, nos deixaram espantados, que mereceram a nossa condescendência, que fizeram com que nos zangássemos. Com tudo isto crescemos. Por isso o balanço é bom. E dá-nos força para continuar.
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